Reunião virtual realizada nesta segunda-feira, 29 de junho, foi promovida pela Confederação Nacional de Saúde (CNSaúde)

A Confederação Nacional de Saúde reuniu gestores da saúde do todo país com representantes da indústria farmacêutica e distribuidores para debater ações de encaminhamento, sobre a falta de anestésicos em vários estados brasileiros. Em Santa Catarina as cirurgias eletivas voltaram a ser suspensas pela falta do medicamento. A reunião foi conduzida pelo diretor executivo da CNSaúde, Bruno Sobral, que destacou a importância de reunir as lideranças, com objetivo comum de buscar a solução para este grave problema.

O presidente executivo da SINDUSFARMA, Nelson Mussolini, afirmou em sua fala que a indústria farmacêutica ampliou em até 5 vezes a produção pela alta demanda. “Antes da pandemia, atendíamos a 3 mil salas de UTIs no país, hoje são cerca de 12 mil UTIs, estamos trabalhando 24 horas por dia, não é uma situação fácil de resolver, o grande problema é a capacidade produtiva, por isso precisamos de racionalidade nos pedidos para podermos atender a todos, destaca Mussolini.

Um levantamento foi solicitado pela Câmara Federal para que os hospitais apresentem uma relação detalhada do consumo efetivo de medicamentos nas últimas oito semanas e a previsão para as próximas 4 semanas. Com isso será possível ter um quadro claro da demanda. A indústria reclama que não existe uma coordenação nacional para o encaminhamento desse quadro, e que vê a CNSaúde como um importante parceiro para ajudar a intermediar as questões com todos os entes envolvidos. A Confederação das Misericórdias do Brasil, também fez o apelo para que as ações sejam centralizadas, a partir da criação de um grupo de trabalho com entidades e ministério da Saúde, para apresentar à indústria as necessidades dos hospitais.

O general Duizit Brito, do ministério da Defesa, que também participou da reunião, falou sobre as ações de enfrentamento no combate a pandemia, e colocou o ministério à disposição até para trazer insumos de outros países para produzir medicamentos, se necessário.

A CNSaúde, também fez apelo para que os hospitais encaminhem as demandas de medicamentos, “precisamos trocar informações com base nos dados da pandemia, quanto mais melhor para todos”, afirma Bruno Sobral. A Federação dos Hospitais de SC foi representada na reunião pelo diretor executivo, Braz Vieira.