O presidente da Federação dos Hospitais de Santa Catarina, Giovani Nascimento, recebeu nesta sexta-feira dia 15 de janeiro, na sede da FEHOESC, o diretor titular do Comitê da Cadeia Produtiva da Saúde e Biotecnologia da FIESP, Ruy Baumer e também o representante da empresa Hospitália, Elson Pucci. Participaram ainda do encontro, o diretor executivo da FEHOESC, Braz Vieira e o assessor jurídico, Dr. Rodrigo de Linhares. Inicialmente Ruy Baumer, destacou as ações realizadas pelo Comitê de São Paulo, que reúne representantes de vários segmentos e entidades na defesa das pautas da Saúde. O Comitê está realizando reuniões com entidades de vários estados para que desta forma, através de uma estratégia em conjunto, seja possível chamar a atenção dos governos para que atendam as demandas do setor, seja tanto dos fornecedores como dos prestadores de serviço que atendem a população através do SUS. Para o diretor da FIESP, hoje o investimento em saúde no país é um dos menores da América Latina, “precisamos unir esforços através de uma parceria, para evitar o sucateamento da rede pública de Saúde, precisamos demonstrar para sociedade, imprensa e autoridades, a importância do nosso setor”, destaca Baumer.

O presidente da FEHOESC, Giovani Nascimento concorda que este é um momento de união, e colocou a Federação dos Hospitais de Santa Catarina como parceira para encontrar saídas para o atual quadro da Saúde, que enfrenta enormes dificuldades, principalmente agora durante a pandemia de coronavírus. “Seremos parceiros do Comitê da FIESP, precisamos ampliar este movimento para todo país, pois os problemas são comuns, com informação do quadro atual poderemos sensibilizar os governos para investirem mais no setor”, afirma Nascimento.

O diretor do Comitê da FIESP, comentou ainda sobre a decisão do estado de São Paulo de não conceder mais a isenção do ICMS aplicado à equipamentos e insumos utilizados em cirurgias. A decisão impacta diretamente no aumento da carga tributária, o que trará ainda mais dificuldades para os hospitais, já que os valores repassados pelo governo não são reajustados. Em média o impacto ficará em torno de 21%. Várias ações estão em andamento para impedir a decisão do governo paulista. Segundo Ruy Baumer, a preocupação é que essa medida pode ser replicada em outros estados da federação. Segundo Giovani Nascimento, “os hospitais não são contra o aumento do imposto, mas é preciso garantir o aumento do repasse dos valores por parte do governo aos hospitais, para que os atendimentos possam ser assegurados”. O presidente da FEHOESC, sugeriu ainda o agendamento de uma reunião com parlamentares catarinenses para ampliar o debate. “Precisamos nos movimentar no sentido de encontrar saídas, para evitar impactos negativos em toda cadeia”, alerta Nascimento.