O estado de Santa Catarina recebeu nesta segunda-feira o primeiro lote de vacinas da Coronavac, os profissionais da Saúde que atuam na linha de frente, tem prioridade na vacinação.

Profissionais que atuam nos hospitais de Santa Catarina e no SAMU, participaram nesta segunda-feira, dia 18 de janeiro, de uma videoconferência onde foram repassadas orientações sobre os atendimentos de eventuais eventos adversos originados pela aplicação da Vacina contra o coronavírus. A médica infectologista do Centro de Referência para Imunobiológicos (CRI) da SES, Dra. Sonia Farias, destacou que, como as vacinas foram aprovadas em tempo recorde, há uma preocupação sobre os possíveis eventos adversos. Em Santa Catarina foi criado um conselho consultivo que analisará os casos notificados. “As vacinas licenciadas foram desenvolvidas até a fase 3, a fase pós-autorização, ou seja, a fase 4 para uso clínico acontece neste momento, por isso precisamos ficar atentos sobre os possíveis eventos adversos, para isso o estado colocará todo seu aparato com serviços e hospitais de referência, tendo como suporte o laboratório LACEN, onde serão investigados os casos”, afirma.

Segundo a infectologista nenhuma das vacinas liberadas apresentaram casos de evento adverso grave, mas existe a preocupação com os idosos, já que os estudos não foram tão amplos para este grupo. A Dra. Sonia Farias, destacou ainda que a vacina não será obrigatória para os profissionais da Saúde, mas ela recomenda a aplicação.

Sobre as reações que mais preocupam e que deverão ser reportadas está por exemplo o choque anafilático, que acontece momentos após a aplicação da vacina, a recomendação para os pacientes que já tiveram choque anafilático é que eles recebam a vacina em locais preparados para reanimação. Os eventos leves não precisam ser notificados, entre eles o mais comum é a dor, no local da aplicação. Quem apresentar alguma instabilidade clínica não deverá ser vacinado como por exemplo, febre, e quem já teve Covid-19, só poderá ser vacinado quando estiver assintomático, um mês após o diagnóstico. A vacina também não deve ser aplicada em gestantes, lactantes e menores de 18 anos.

Segundo a enfermeira do CRI, Liliam Cristina Júlio, que também participou da videoconferência, “todas as informações sobre os eventos adversos deverão ser repassadas em detalhes através do e-SUS Notifica, que apresenta um sistema específico para notificação dos casos”.

Para o diretor executivo da Federação dos Hospitais de SC, Braz Vieira, que representou a entidade na videoconferência, “a participação de cerca de 200 profissionais que atuam nos hospitais de várias regiões do estado, demonstra a importância do tema num dia histórico para Santa Catarina. A FEHOESC está à disposição para que nosso estado continue fazendo a diferença para que os eventos adversos sejam superados”, destaca Braz Vieira.