Gestores de várias regiões do estado que compõem o grupo de trabalho da FEHOESC sobre a realização das Cirurgias Eletivas, estiveram reunidos nesta quarta-feira, 28 de julho, com o secretário adjunto da secretaria de estado da Saúde, Alexandre Fagundes, além de técnicos da pasta. Em debate as novas diretrizes a partir da inclusão das cirurgias eletivas na Política Hospitalar Catarinense. A proposta do governo do estado, é que a partir desta incorporação as eletivas passem a fazer parte de forma permanente na oferta de serviços à população e não mais através de mutirões. São ao todo 12 especialidades que serão ofertadas. Segundo Alexandre Fagundes, o objetivo é desafogar os grandes hospitais e regionalizar as especialidades, para que os atendimentos fiquem próximos de onde as pessoas moram. Neste momento, a secretaria está fazendo um levantamento junto aos hospitais para saber qual a capacidade técnica, qual a referência e vocação de cada unidade. O governo garante que os hospitais irão receber incentivos por produção, além do porte de cada hospital, Tabela SUS, e mais o incremento das eletivas.

A preocupação dos hospitais e que foi questionada à secretaria, foi sobre a participação dos consórcios dos municípios, hoje eles é que garantem a realização dos mutirões injetando parte dos recursos para que as cirurgias possam ser realizadas. Segundo a secretaria, a participação dos consórcios também está prevista, há neste momento cerca de R$ 20 milhões de reais em emendas impositivas da ALESC, que poderiam ser utilizados já nesta primeira fase, os recursos poderão ser aplicados no custeio das consultas e exames pré e pós operatórios. “A ideia é que nós consigamos que os hospitais se qualifiquem, vocacionem suas estruturas, o sistema será complementar e não concorrente”, destaca Fagundes. Hoje no estado a fila é de cerca de 100 mil cirurgias eletivas a serem realizadas.

O diretor executivo da FEHOESC, Braz Vieira, fez um apelo para que todos os questionamentos feitos aos hospitais sejam encaminhados para a Federação, desta forma seria possível ter uma linha única de comunicação, agilizando os processos. O secretário adjunto afirmou que este é o objetivo, de ter um processo mais dinâmico, melhorando ainda mais e tornando sólida a política, e que ela seja de Estado e não de governo. “Todos ganharemos com isso”, define Fagundes. O governo informou também que todas as contratualizações serão refeitas, a partir de um novo cenário, com nova rede reestruturada. A FEHOESC, também orientada pela secretaria, irá solicitar aos hospitais quais são as necessidades de estrutura e de equipamentos para a realização das cirurgias eletivas, para buscar através de emendas impositivas, junto aos parlamentares na ALESC.

Uma nova reunião será marcada semana que vem, para alinhamento final da releitura da Política Hospitalar Catarinense.